segunda-feira, 25 de maio de 2009

... existem pessoas completamente otárias? I

Sobre o objecto "pessoas completamente otárias", tenho imenso que escrever. Dai ter colocado o "I". Novos relatos de pessoas geneticamente tolas certamente serão documentados aqui.

Como é a primeira vez que me pronuncio sobre tal raça, quero em primeiro lugar dar a minha "definição". Como todos já sabem o que é (alguns por experiência própria, outros por encarnarem tal personagem), o meu objectivo não é caracterizá-la, mas sim explicar o que realmente me provoca. Aquele nível de otarismo gratuito, só me dá mesmo vontade de lhes dar com um pau na tola... várias vezes... as que fossem precisas, até que alguma coisa comece a funcionar naqueles poucos neurónios.

O relato de hoje é sobre higiene. Supostamente existem locais específicos para a efectuarmos. Mas... não é que existem pessoas que utilizam a sauna e banho turco públicos para cuidarem da sua higiene pessoal. Ou seja, vão para lá fazer a barba, lavar os dentes... só não defecam porque ainda não se lembraram disso. Urinar nunca assisti, mas não me escandalizava nada.

Mas será que têm algum lapso psicológico; algum buraco temporal e espacial se forma nas suas cabeças e se esquecem que NÃO ESTÃO EM SUAS CASAS?

Será que o tico e o teco responsáveis por percepcionarem que vivem em sociedade deixam de comunicar e se esquecem que AQUELE LOCAL É PARTILHADO POR MAIS GENTE?

Mas não... o que é bom é deitar para o chão húmido e quentinho os germes e micróbios que têm na boca, misturados numa espuma mal cheirosa de qualquer pasta de dentes ranhosa.

Mas não... o que é bom é deixar rastos dos pelos da barba misturados em sangue de um qualquer corte na face.

É precisamente isso que ambicionamos que as pessoas partilhem connosco. É ou não é? Só falta mesmo nos começarmos todos a cumprimentar escarrando uns para cima dos outros.

"É pá... há quanto tempo que não te via... Estás bom? AGGGRRRRRRRRR PLUSSSSSHHHH" - tentativa de colocar em palavras uma escarreta.

Sinceramente... é mesmo só à paulada.

A mim... a mim há dias calhou-me na fava um Otário que decidiu partilhar não só a lavagem de dentes, como também fazer a barba.

Estou eu muito relaxado no banho turco... Cerca de sete/oito minutos sabem-me mesmo bem. Vou no meu segundo minuto... e lá entra o artista com a escova de dentes já espetada na boca.

O meu primeiro instinto foi: dou-lhe uma abordoada na tromba que até lhe faço engolir a escova. Até imaginei a cena e soltei um sorriso sádico. Mas depois de respirar fundo e apelar ao meu instinto pacificador, lá lhe expliquei que não era muito racional estar ali a lavar os dentes.

"Bla, bla, bla" - Nem percebi o que ele disse, mas lá saiu.

No entanto, não é que passado mais dois minutos o Otário entra lá de gillette em riste, preparado para decapitar os pelos da barba? Agora enfiava-lhe a gillette por um sítio que eu cá sei.

"Bla, bla, bla... que a cara fica mais macia!" - Responde-me ele depois de lhe dizer para sair dali para fora.

Mas que valente Otário. Será assim tão difícil de perceber? O mais estúpido é que só saiu quando lhe disse que tinha duas opções: ou fazia a barba fora do banho turco com a gillette, ou dentro do banho turco mas à chapada. Aquela besta quadrada não conseguiu perceber nenhum dos argumentos que lhe estava a dar.

A falta de bom senso acaba por ser assustador. Se nestas coisas básicas da vida não são capazes de perceber o que estão a fazer, quanto mais noutras situações?