Sepulto os fundamentalismos. Cristianismos, clubismos, partidarismos, patriotismos… Vastos ismos que nos infligem cegueira e surdez.
Sem assimilar que a decisão pertence à maioria, mas não a razão, os ismos perduram numa sociedade de rebanhos.
Ser patriota? Defender um país? Amar um país?
Eu amo o meu país, mas fujo aos impostos.
Eu amo o meu país, mas que se fodam os que precisam de ajuda.
Eu amo o meu país, mas ganância consome-me
Eu amo o meu país, mas só me vejo e ouço a mim.
Como em todos os ismos, o fundamento do patriotismo ao longo da história teve o seu epicentro na busca do poder. O patriotismo é o argumento invocado sempre que é necessário a submissão irracional do povo.
O patriotismo para a guerra.
O patriotismo para desculpar erros de governação.
O patriotismo para financiar corporações.
O patriotismo para pedir sem dar.
É necessário ser patriota para respeitar o próximo?
É necessário ser patriota para ter uma consciência cívica?
É necessário ser patriota para ter uma relação de paz com outras culturas?
Claro que não, pois as regras triviais e fundamentais da pura paz jamais encerram raiz no patriotismo.
Para que é que serve então? Sem a cegueira e surdez, é inteligível perceber quando, como e porquê o patriotismo é invocado e aplicado.
Sou um cidadão do mundo, desatado de ismos. E hoje apetece-me exprimir: que se fodam os ismos.
Sem comentários:
Enviar um comentário