segunda-feira, 1 de março de 2010

... o patriotismo e afins?

Sepulto os fundamentalismos. Cristianismos, clubismos, partidarismos, patriotismos… Vastos ismos que nos infligem cegueira e surdez.

Sem assimilar que a decisão pertence à maioria, mas não a razão, os ismos perduram numa sociedade de rebanhos.

Ser patriota? Defender um país? Amar um país?

Eu amo o meu país, mas fujo aos impostos.

Eu amo o meu país, mas que se fodam os que precisam de ajuda.

Eu amo o meu país, mas ganância consome-me

Eu amo o meu país, mas só me vejo e ouço a mim.

Como em todos os ismos, o fundamento do patriotismo ao longo da história teve o seu epicentro na busca do poder. O patriotismo é o argumento invocado sempre que é necessário a submissão irracional do povo.

O patriotismo para a guerra.

O patriotismo para desculpar erros de governação.

O patriotismo para financiar corporações.

O patriotismo para pedir sem dar.

É necessário ser patriota para respeitar o próximo?

É necessário ser patriota para ter uma consciência cívica?

É necessário ser patriota para ter uma relação de paz com outras culturas?

Claro que não, pois as regras triviais e fundamentais da pura paz jamais encerram raiz no patriotismo.

Para que é que serve então? Sem a cegueira e surdez, é inteligível perceber quando, como e porquê o patriotismo é invocado e aplicado.

Sou um cidadão do mundo, desatado de ismos. E hoje apetece-me exprimir: que se fodam os ismos.

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