domingo, 21 de março de 2010

... se reza?

Um jogo de futebol. Duas equipas a jogar, outra a arbitrar, e mais dois 12º jogadores, que correspondem ao público.

Relativamente aos 12º jogadores, é muito gracioso observar o facto de que… de que ambos rezam pelas suas equipas. Olhares para o céu, mãos dadas e ave marias misturaras com pais-nossos. A outro campeonato se assiste para além da Liga Sagres.

Como seria o relato do dérbi Benfica Vs Sporting em termos de rezas? “Ai vai o Benfica com muito perigo, já com 743 ave marias bem perto da grande área. Será que chegará às 745 e chuta para o paraíso?! Mas o Sporting corta a reza com 345 pais-nossos. Que perdida meu deus… mas há que dar mérito à grande defesa celestial do Sporting.”

Deus é uma maravilha porque ouve e vê tudo. Num jogo de futebol, ele presta mais atenção ao valor das equipas, ou ao campeonato das rezas? Como é que avalia as rezas? É pela quantidade? Por quem reza em voz alta? Se for em voz alta, pelo volume da voz? Se for em pensamento, será pela rapidez?

Como ele é super poderoso, deus se fosse jogador também usaria caneleiras, ou dispensava-as? Deus também precisa de árbitros?

Na minha opinião, ele tem árbitros de certeza. Por isso é que se embusteia tantas vezes. Mas não é só no futebol. Digamos que a reza “opera” para uns, não para outros… Simplesmente não se topa um padrão, que é o mesmo que asseverar que na prática o resultado de uma reza é nulo. Só mesmo o dogmatismo religioso não consente divisar este trivial facto.

Deus se fosse jogador, desempenhava que posição? (Por mim, nem no banco ficava… mas pronto, sou suspeito).

O acto de rezar figura mais uma característica que estabelece a submissão de uma pessoa diante uma religião. É um talhe essencial para que ela perdure na mente de qualquer indivíduo, independentemente da sua lógica. O marketing religioso é poderosíssimo, e a reza assume a dianteira na sua consolidação.

Se deus fosse árbitro, também aceitaria fruta do Pinto da Costa?

Costumo dizer que a religião é considerada verdadeira por pessoas comuns, como falsa pelos sábios e muito útil para quem governa. O medo e dúvidas de cada ser humano traduzidas na natural ignorância, criaram ao longo dos tempos os mais diversos deuses. Mas será o conhecimento e o saber que os irão destruir, libertando o ser humano para a sua real essência sem ter necessidade de se submeter a dogmas criados por outros seres humanos, que apenas possuem como base a ambição desmedida do poder.

Será que deus também reza? Se sim, reza para quem? Quem fez deus? Foi o maxi-deus? E quem fez o maxi-deus? Foi o perna de pau?

Rezem, rezem… mas eu cá por mim sigo sempre o ditado: “Fia-te na virgem e não corras…”! GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOLO!!!!!

1 comentário:

Lucas F.Costa disse...

certamente, no dia da angústia, vc verá que nós, tão grandes pensadores respondemos tudo, ainda assim somos vítima do acaso, do tempo, escravos de nosssas limitações, e quando não se tem como explicar a miséria injustiça, quando vc for o injustiçado, então entenderá porque que outros na dificuldade tem a esperança em Deus, talvez nesse deia faça sentido para vc rezar, e com muita fé pela nossa pequenâs, e pela ajuda de um Deus grande que nuca negou lhe estender as mãos.(Lucas Ferreira costa)